D. Inês Pérez de Castro era uma dama galega filha natural de D. Pedro Fernández de Castro, dito senhor da Guerra, grande senhor galego, primo direito de D. Pedro I, camareiro-mor de Afonso XI de Castela e de Aldonza Suárez de Valadares. Veio para Portugal em 1340, no séquito de D. Constança, noiva do infante D. Pedro.
A Formosa D. Inês, a quem chamavam o "colo de garça", impressionou D. Pedro, ao que parece desde os primeiros momentos, e assim nasceu o celebrado e desventurado romance entre os dois.
Diz Fernão Lopes na sua crónica do Rei D. Pedro I, « que semelhante amor, qual el Rei Dom Pedro ouve a Dona Enes, raramente he achado em alguma pessoa»
A Formosa D. Inês, a quem chamavam o "colo de garça", impressionou D. Pedro, ao que parece desde os primeiros momentos, e assim nasceu o celebrado e desventurado romance entre os dois.
Diz Fernão Lopes na sua crónica do Rei D. Pedro I, « que semelhante amor, qual el Rei Dom Pedro ouve a Dona Enes, raramente he achado em alguma pessoa»
Razões de ordem moral e política se levantaram contra o "grande desvairo". No amoroso, o parentesco entre eles ( D. Inês era prima em 2º grau de D. Pedro ), mas sobretudo ao facto de o rei ser casado. Quanto às razões políticas, a possibilidade, devida à ambição e influência da família castelhana Castro, de que os filhos da ligação poderem vir a subir ao trono de Portugal, em detrimento de D. Fernando, filho de D. Constança e de D. Pedro I.
Os amores de D. Pedro com D. Inês, começaram cedo logo com a chegada do séquito de D. Constança a Portugal. D. Afonso IV obrigou então Inês a retirar-se para Castela, aonde se conservou até à morte de Constança em começos de 1349. Todavia, logo que a princesa faleceu, D. Pedro fez regressar Inês de Castro, passando a viver com ela maritalmente e tendo dela quatro filhos, nascidos entre 1349 e 1354.
Talvez em 1351, tentou obter do Papa uma bula de dispensa que lhe permitisse o casamento com parente tão chegada. Não o conseguiu e alarmou D. Afonso IV e a alta nobreza cortesã que temia a interferência dos poderosos Castros castelhanos no jogo de influências da política portuguesa. Realmente parece não haver dúvidas que D. Pedro era um joguete nas mãos de Inês de Castro e dos seus parentes castelhanos.
Os amores de D. Pedro com D. Inês, começaram cedo logo com a chegada do séquito de D. Constança a Portugal. D. Afonso IV obrigou então Inês a retirar-se para Castela, aonde se conservou até à morte de Constança em começos de 1349. Todavia, logo que a princesa faleceu, D. Pedro fez regressar Inês de Castro, passando a viver com ela maritalmente e tendo dela quatro filhos, nascidos entre 1349 e 1354.
Talvez em 1351, tentou obter do Papa uma bula de dispensa que lhe permitisse o casamento com parente tão chegada. Não o conseguiu e alarmou D. Afonso IV e a alta nobreza cortesã que temia a interferência dos poderosos Castros castelhanos no jogo de influências da política portuguesa. Realmente parece não haver dúvidas que D. Pedro era um joguete nas mãos de Inês de Castro e dos seus parentes castelhanos.
O aspecto político do caso, teve desfecho espectacular na morte de D. Inês ( 7 de Janeiro de 1355 ), ordenada por D. Afonso IV, a conselho de Diogo Lopes Pacheco, Pedro Coelho e Álvaro Gonçalves. Quando subiu ao trono, em 1357, D. Pedro concluiu o capítulo da chacina de D. Inês com o castigo exemplar de dois dos ex-conselheiros do seu pai.
É curioso assinalar dois rumos diferentes na história de Inês de Castro. Um coevo e popular, considerá-la-ia uma figura antipática e intriguista. Uma mulher perversa e intriguista era uma Inês de Castro. Outro de formação literária, ( Garcia de Resende, Camões, António Ferreira), apresenta-a como uma vítima inocente e infeliz.
( Dicionário de História de Portugal de Joel Serrão )
Assassinato de D. Inês
O rei Afonso IV decidiu então que a melhor solução seria eliminar Inês. Depois de alguns anos no Norte, Pedro e Inês haviam regressado a Coimbra e se instalado no Paço de Santa Clara.
A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e, aproveitando a ausência de Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para executar Inês. Os três se dirigiram ao Mosteiro de Santa Clara em Coimbra, onde Inês se encontrava, e degolaram-na. Tal facto, segundo a lenda, teria originado a cor avermelhada das águas que correm nesse local da Quinta das Lágrimas.
A morte de Inês fez com que Pedro se revoltasse contra Afonso IV, que responsabilizou pela morte, e provocou uma sangrenta guerra civil. A rainha Beatriz interveio e, após meses de luta, a paz foi selada em Agosto de 1355.
Rainha póstuma
Pedro tornou-se o oitavo rei de Portugal em 1357. Em Junho de 1360, faz a famosa declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que havia se casado secretamente com Inês, em 1354 "em dia que não se lembrava". As palavras do rei e de seu capelão foram as únicas provas desse casamento.
Pedro tornou-se o oitavo rei de Portugal em 1357. Em Junho de 1360, faz a famosa declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que havia se casado secretamente com Inês, em 1354 "em dia que não se lembrava". As palavras do rei e de seu capelão foram as únicas provas desse casamento.
O novo rei perseguiu os assassinos de Inês, que tinham fugido para Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados (segundo a lenda, o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro, pelas costas, e assistiu à execução enquanto se banqueteava). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França. Mais tarde foi perdoado pelo rei no seu leito de morte.
Pedro mandou construir dois esplêndidos túmulos - os túmulos de D. Pedro I e de Inês de Castro - no mosteiro de Alcobaça, um para si e outro para onde trasladou os restos de sua amada Inês.
A tétrica cerimónia do beija mão, tão vívida no imaginário popular, provavelmente foi inserida nas narrativas do final do século XVI, depois de Camões descrever, no Canto III de Os Lusíadas, a tragédia da linda Inês, fazendo referência à "mísera e mesquinha, que depois de ser morta foi rainha".
juntou-se a Inês em 1367 e os restos de ambos jazem juntos até hoje, frente a frente, para que, segundo a lenda "possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final".
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